É pacifica. Ele nao me incomoda e eu também nao o incomodo. Respeito demasiado quem o segue, mas peco também que me respeitem na minha falta de fé em Deus.
Por vontade do pai e dos avós, baptizámos o nosso reguila no final de Julho. Mas eu sempre achei que era das atitudes mais hipócritas que estavamos a ter. Nao seguimos a fé crista nem educamos os nossos filhos para que acreditem nesse Deus (ou em qualquer outro). Por isso parece-me errado te-lo feito.
Acredito em padrinhos e na sua utilidade. É um estatuto de extrema importancia, a meu ver. Mas só isso. Quero muito poder escolher alguém para me substituir nesta tarefa de ser mae, no caso de me acontecer algo que me impeca de o ser. Foi para mim muito importante poder celebrar essa escolha. Mais nenhuma!
O meu pirralho tem 1 madrinha, 1 padrinho e 1 padrinha. Sendo que só 2 assinaram na igreja, mas que para mim pouco interessa.
Durante toda a cerimónia me senti criminosa, senti que estava deslocada e a invadir um espaco que nao me pertence. Nao consigo conceber que se queira iniciar os filhos, em tao tenra idade, num modo de vida para o qual nao os consultámos. Acredito que se deve escolher quando tivermos idade para isso. Sempre o defendi e continuarei a defender. Mas nao sou mae sózinha... Há pai e ele tem voto na matéria e por isso respeito. Mas nao aceito esta cerimónia, sem a intencao de lhe dar continuidade. O querer, sem seguir as regras... Sou assim...
É como ser noiva e casar pela igreja só porque a cerimónia é gira... Nunca foram á igreja, vao continuar a nao ir, mas o casamento é pela igreja. Nao tenho pachorra!!
Em tudo isto valeu o meu filhote, no seu melhor:
- De cada vez que o Sr Padre mencionava o seu nome Rodrigo, ele contrapunha irritado e em voz bem alta : "GUIGO!!";
- De cada vez que o Sr Padre falava em Fé, o catraio gritava "GUIGO QUER CAFÉ!!";
- Queria que lhe deitassem a água na cabeca desde que comecou a cerimónia;
- Achava que a vela do baptismo era uma vela de aniversáro e questionava porque nao a acendiam para o "Guigo" apagar.
Tudo isto durante a cerimónia....
Enfim... Sobrevivi, mas com mais uma falha no meu curricullum de pessoínha.
O meu Guigo nao ficou nem mais rico, nem mais pobre espititualmente. Vamos ver como lhe corre a vida, tenho fé apenas nele e na educacao que lhe vamos dar.
Quero um homem com carácter, bom coracao e feliz com a vida. Penso que nao há Deus algum que lhe possa dar isso, mas pode ser que me engane. A ver vamos.
Fiz questao de ser eu a preparar a festinha do pós Baptismo, porque queria muito dar uma festa ao meu filhote. Quis fazer um bolo para ele e outro para os tios que faziam anos de casados (40 anos... Que herois!!).
Aqui estao eles:
Este o do Baptizado
A sangria era do melhor que já se fez e comemos que nem uns alarves...
Tenho aminha fé, uma fé enorme em mim enas minhas escolhas para a vida...
Á nossa!!
Fantástico!
ResponderExcluirTenho uma opinião em tudo semelhante à tua! Perfeitamente ateu, e sentir-me-ia hipócrita ao casar pela Igreja ou ao Baptizar um filho... mas claro há que respeitar as crenças dos outros e se isso faz os avós felizes, porque não...
Não acredito num Deus fora de nós, ausente ou omnipresente ou castigador. Acredito que tudo o que existe é Deus. E por isso cada um de nós é Deus. E tu e o Pai do teu filhote sãos os Deuses que lhe vão mostrar o mundo e o Deus dentro dele. Um dia esse patizado vai fazer algum sentido. Nem que seja só para ele se lembrar da festa.
ResponderExcluirNo último baptizado a que fui o Padre disse algo que me tocou "Os Padrinhos tal como os Pais servem para nos dar colo. E mesmo quando somos grandes por vezes precisamos de colo". No funeral do meu Pai, só me recordo do Padre dizer "O realmente importante é invisível". Encontrei também um Deus que me tocou em cad aum destes Padres, tal como encontro num gato, numa árvore e em mim. Desde que me toquem no Coração vejo Deus.
...e a Tia Kitty do Guigo quer uma fatia de cada bolo :o)
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